Chevrolet Chevelle
Ele tornou-se campeão de popularidade, mas teve que sair do ar devido à legislação ambiental
Por Felipe Bitu | Fotos: Marco de Bari | 07/10/2012
Os automóveis europeus invadiram o mercado americano nos anos 50, em uma ofensiva de carros menores e mais econômicos que não foi repelida de imediato pelo público. Campeã de popularidade, a Chevrolet só apresentou seu compacto Chevy II em 1962, mas havia uma lacuna considerável entre ele e o enorme Impala, que foi preenchida pelo Chevelle, primeiro modelo médio da marca.
Lançado em 1964, adotou o esquema de chassi com cinco carrocerias (sedã, cupê, perua, conversível e a picape El Camino) e várias versões de acabamento, com destaque para a topo de linha Malibu e a esportiva SS. O motor podia variar dos pequenos (para a época) seis cilindros em linha até o V8 327 de bloco pequeno, com 5,4 litros e até 300 cv.
Com a era dos muscle cars, inaugurada pelo Pontiac GTO, o mercado exigia motores cada vez mais potentes. A Chevrolet então aproveitou a reestilização de 1965 para lançar o V8 396 (6,5 litros), que podia chegar a 375 cv, com vantagem da dirigibilidade mais dócil que a do V8 de bloco pequeno. A primeira grande reestilização viria em 1966, com alteração em teto, para-lama, grade, faróis e lanternas: o modelo ficaria mais elegante, com um perfil longo e aerodinâmico. É desse ano o carro das fotos, do colecionador Gustavo Valente, um cupê na versão top Malibu, com o V8 327 (5,4 litros). "Esse motor de bloco pequeno rende uns 300 cv, mais que suficiente para andar na frente de muito carro atual", diz ele.
A versão esportiva ganharia o nome de SS 396, com novo para-choque e falsas entradas de ar no capô. Um ano depois, o Chevelle teria a opção de freio a disco dianteiro, além do câmbio Turbo Hydramatic de três marchas, superior ao confiável mas limitado Powerglide. Em quatro anos o Chevelle adquiriu a reputação de bom, bonito e barato, com desempenho excelente, apesar de ser ruim em curvas. O que não importava a seu público, que se contentava em acelerá-lo em linha reta. Foi nesse cenário favorável que surgiu a segunda geração, em 1968. Todo redesenhado, o Chevelle agora era um fastback com dois volumes definidos, estilo em voga na época. Em 1969, recebeu discretas modificações nos para- choques e no conjunto óptico e oV8 327 foi substituído pelo novo V8 350 (5,7 litros), que manteve os 300 cv mas oferecia mais torque em baixo giro.
O Chevelle chegaria ao ápice em 1970: para-lamas abaulados simulavam músculos e incorporavam os quatro faróis. Sob o capô do SS estava o bestial 454 V8 denominado LS6: 7,4 litros, 450 cv e 69,1 mkgf. Nesse ano surgia o Monte Carlo, um cupê de luxo baseado no Chevelle. Mas 1971 chegou e marcou o declínio do Chevelle: a frente exibia agora só dois faróis e os motores sofriam uma drástica queda no rendimento, provocada pelo uso do catalisador, exigência das leis antiemissões mais severas.
A terceira e última geração foi a de 1973, sem foco na esportividade. Maior e mais largo, o Chevelle agora era mais um carro de luxo, limitado pela legislação ambiental. Com a identidade perdida, ele foi definhando até 1977, sendo substituído no ano seguinte pelo Malibu. Um triste fim para um dos mais queridos Chevrolet já feitos nos EUA.
Lançado em 1964, adotou o esquema de chassi com cinco carrocerias (sedã, cupê, perua, conversível e a picape El Camino) e várias versões de acabamento, com destaque para a topo de linha Malibu e a esportiva SS. O motor podia variar dos pequenos (para a época) seis cilindros em linha até o V8 327 de bloco pequeno, com 5,4 litros e até 300 cv.
Com a era dos muscle cars, inaugurada pelo Pontiac GTO, o mercado exigia motores cada vez mais potentes. A Chevrolet então aproveitou a reestilização de 1965 para lançar o V8 396 (6,5 litros), que podia chegar a 375 cv, com vantagem da dirigibilidade mais dócil que a do V8 de bloco pequeno. A primeira grande reestilização viria em 1966, com alteração em teto, para-lama, grade, faróis e lanternas: o modelo ficaria mais elegante, com um perfil longo e aerodinâmico. É desse ano o carro das fotos, do colecionador Gustavo Valente, um cupê na versão top Malibu, com o V8 327 (5,4 litros). "Esse motor de bloco pequeno rende uns 300 cv, mais que suficiente para andar na frente de muito carro atual", diz ele.
A versão esportiva ganharia o nome de SS 396, com novo para-choque e falsas entradas de ar no capô. Um ano depois, o Chevelle teria a opção de freio a disco dianteiro, além do câmbio Turbo Hydramatic de três marchas, superior ao confiável mas limitado Powerglide. Em quatro anos o Chevelle adquiriu a reputação de bom, bonito e barato, com desempenho excelente, apesar de ser ruim em curvas. O que não importava a seu público, que se contentava em acelerá-lo em linha reta. Foi nesse cenário favorável que surgiu a segunda geração, em 1968. Todo redesenhado, o Chevelle agora era um fastback com dois volumes definidos, estilo em voga na época. Em 1969, recebeu discretas modificações nos para- choques e no conjunto óptico e oV8 327 foi substituído pelo novo V8 350 (5,7 litros), que manteve os 300 cv mas oferecia mais torque em baixo giro.
O Chevelle chegaria ao ápice em 1970: para-lamas abaulados simulavam músculos e incorporavam os quatro faróis. Sob o capô do SS estava o bestial 454 V8 denominado LS6: 7,4 litros, 450 cv e 69,1 mkgf. Nesse ano surgia o Monte Carlo, um cupê de luxo baseado no Chevelle. Mas 1971 chegou e marcou o declínio do Chevelle: a frente exibia agora só dois faróis e os motores sofriam uma drástica queda no rendimento, provocada pelo uso do catalisador, exigência das leis antiemissões mais severas.
A terceira e última geração foi a de 1973, sem foco na esportividade. Maior e mais largo, o Chevelle agora era mais um carro de luxo, limitado pela legislação ambiental. Com a identidade perdida, ele foi definhando até 1977, sendo substituído no ano seguinte pelo Malibu. Um triste fim para um dos mais queridos Chevrolet já feitos nos EUA.